23 agosto, 2007


A diretora e atriz Bya Braga com o coordenador e diretor do Grupo O Imaginário, Chicão Santos - Foto Humberto Oliveira (Almanaque)

Rei Lear de Shakespeare ganha nova versão em “As Sombras de Lear”

Porto Velho, quem diria terá a oportunidade de conhecer a tragédia Rei Lear, uma das obras mais famosas do dramaturgo inglês William Shakespeare que ganha nova versão no espetáculo “As Sombras de Lear” que será levado à cena pelo grupo O Imaginário, coordenado e dirigido por Chicão Santos.

O espetáculo tem a direção de Bya Braga com assistência de Nívea Maia. A direção de produção ficará a cargo de Chicão Santos. No elenco estão as atrizes: Zaine Diniz, Tatiane Trindade e Jane Carla (foto).



Bya Braga, atriz e diretora de teatro, professora na área de Interpretação Teatral para o Curso de Teatro da Universidade Federal de Minas Gerais, está em Porto Velho desde 13 de agosto, a convite do grupo teatral Imaginário, para desenvolver o projeto “As Sombras de Lear”, espetáculo baseado na obra do dramaturgo inglês William Shakespeare.

De acordo com Bya Braga, “apesar do pouco tempo disponível a realização de um trabalho desta envergadura e por isso estamos trabalhando de forma intensiva com as três atrizes que fazem parte desta montagem”.

Bya afirma ainda que “considera ousado e inédito a realização nos dias atuais de um espetáculo misturando a tragédia do Rei Lear e contextualizando aspectos históricos e culturais de Porto Velho, a partir de partes do texto de Shakespeare que será representada por três atrizes que no desenrolar do espetáculo se transformarão nas personagens masculinas, além disso elas também serão contadoras de histórias, abordando temas importantes como a questão do entendimento do que é o poder, os desvios que o poder causa e ainda o tema do auto conhecimento e sobre o sentido da existência também inspirado nesta caminhada de Lear”.

A diretora revelou que tem conversado com pessoas da Universidade Federal de Rondônia, UNIR, professores que têm contado sobre a história de Porto Velho e de Rondônia. Assim como profissionais conhecedores da cultura inglesa, já que a matriz para o espetáculo é a obra de William Shakespeare. Bya disse que conversou com o jornalista e folclorista Silvio Santos, que todos conhecem como Zé Katraca.

A pré-estréia do espetáculo “As Sombras de Lear” acontece em 14 de setembro, 20h30, no Teatro do Sesc Esplanada como parte da programação do projeto Aldeia Guaporé de Artes do Sesc/Rondônia. Dia 15 o espetáculo entra em cartaz.

Rei Lear

William Shakespeare apresenta um Rei Lear ambicioso, embriagado pelo poder, mas que apesar disso, não é mau, mas que tem em seu amor pelo poder à sustentação e o sentido de sua existência. Lear comete um erro que irá gerar o conflito e consequentemente, a tragédia. Ele decide dividir seu reino entre as três filhas, mas a caçula se recusa em receber sua parte da herança. Indignado e ofendido pela atitude da filha mais nova, o velho rei então divide tudo com as duas filhas mais velhas que, demonstram ser verdadeiras megeras. Lear fica sem nada e assim começa a sua caminhada refletindo sobre o resultado de sua atitude. Abandonado, Lear percebe tardiamente o grande erro que cometera.

Agora é esperar pela estréia de “As Sombras de Lear” para conhecer o trabalho de Bya Braga junto ao Grupo Imaginário.

Bya Braga

Além de atriz e diretora, Bya Braga atua como professora e pesquisadora em Artes Cênicas. Desde 1986 realiza atividades de criação, atuação e produção artística. Atuou em vários espetáculos sob a direção de Bibi Ferreira e Gabriel Vilella, entre outros. Bya também participou de curtas e longas metragens como O general (1999) e Dalmar e Rosália (2001).

Como diretora teatral, dirigiu os espetáculos Tempestade, de Aimè Cesaire (1993-1994); O rei da vela, de Oswald de Andrade (1995); Comédia, de Samuel Beckett (1996), Em 2001, dirigiu o espetáculo teatral No país da gramática. Em setembro de 2002 estreou novo espetáculo teatral juntamente do GRUPA, Os Cupins, inspirado em texto do francês Valère Novarina.

Entre 2002 e 2003 dirigiu o espetáculo Escola de Quixotes, com sua adaptação a partir dos textos Escola de Bufões (Michel de Guelderode) e Dom Quixote de La Mancha (M. de Cervantes), No ano seguinte atuou no espetáculo Nossa pequena Mahagonny, este espetáculo foi criado a partir da obra Ascensão e Queda da cidade de Mahagonny, de Bertolt Brecht. Em 2005 realizou o espetáculo Hoje tem baile!.

Desde 1998, Bya vem trabalhando como professora assistente na Escola de Belas Artes, Departamento de Fotografia, Teatro e Cinema, no Curso de Graduação em Artes Cênicas, ministrando aulas na área de interpretação, improvisação e direção cênicas. É da Associação Brasileira de Pesquisa e Pós-Graduação em Artes Cênicas (ABRACE) desde sua fundação em 1998.

Humberto Oliveira

ASSISTA AO TRAILER DO FILME "RAN",DIRIGIDO POR AKIRA KUROSAWA BASEADO EM "REI LEAR", DE WILLIAM SHAKESPEARE.

16 agosto, 2007


John McLane está de volta em Duro de Matar 4.0

Com a estréia de Duro de Matar 4.0 nos cinemas no último dia 3 de agosto e numa banca de vendas de dvds piratas mais próxima de você, também acaba de ser lançado pack especial com os três filmes e mais um dvd com muitos extras inclusive com material sobre o novo longa metragem dirigido por Len Wiseman (Anjos da Noite) com roteiro de Mark Bomback.

Infelizmente e inexplicavelmente Duro de Matar 4.0 não foi exibido nos cinemas de Porto Velho. Por isso tivemos de recorrer a uma cópia pirata emprestada por uma amiga que pegou de uma amiga de uma prima que pegou emprestado de um amigo que eu não sei quem é. Mas o que importa é que finalmente pudemos assistir ao filme. Quero deixar clara a minha frustração por não ter assistido Duro de Matar 4.0 como deveria ser assistido, ou seja, no cinema.

O longa metragem marca o retorno de Bruce Willis na pele do policial John McLane cuja última aparição nas telas de cinema aconteceu em 1995 em Duro de Matar – A vingança, dirigido por John McTierman, o diretor do filme original de 1988. O elenco conta ainda com Timothy Olyphant (Turistas) que interpreta o vilão da história, Thomas Gabriel. Assistindo a atuação de Timothy dá saudade do terrorista Hans Gruber vivido brilhantemente por Alan Rickman.

Assim como nos filmes anteriores McLane não está sozinho. Desta vez ele conta com Matt Farrell (Justin Long, de Galaxy Quest, Olhos Famintos) jovem hacker que John foi escalado para proteger, mas que acaba ajudando o policial a salvar sua filha Lucy (Mary Elizabeth Winstead, de Premonição 3) seqüestrada pelos bandidos para fazer McLane cooperar. Destaque também para Kevin Smith, diretor e roteirista de filmes como Dogma e Barrados no shopping, que interpreta um hacker paranóico chamado Warlock.

Depois do apenas interessante Duro de Matar – A vingança, realizado em 1995 parecia que nunca mais veríamos outro filme protagonizado por John McLane. Passados doze anos eis que Bruce Willis está de volta em Duro de Matar 4.0 dirigido por Len Wiseman que mostrou que sabe mesmo como dirigir filmes de ação. Afinal de contas o personagem McLane é um ícone do cinema de ação do final dos anos 80 e como Willis sempre declarou que somente voltaria a interpretar o policial se surgisse um roteiro que realmente valesse a pena ser produzido e um diretor disposto a encarar a missão.

Como aconteceu com Rock Balboa, que teve seu auge nos anos 70 quando Rock, um lutador levou para casa seu Oscar de Melhor filme de 1976, Sylvester Stalone revisitou este ano o personagem que o consagrou. Em breve quem volta às telas para uma nova aventura é ninguém menos que Indiana Jones, mais uma vez na pele de Harrison Ford, que há muito tempo não emplaca nenhum sucesso de bilheteria, e tendo na direção, claro, Steven Spielberg. Evidentemente os produtores pensaram que John McLane não poderia ficar de fora. Daí nasceu Duro de Matar 4.0.

O filme é ação do começo ao fim e que não irá decepcionar aos fãs da série. John McLane continua fazendo que sabe de melhor – fazer ironias diante do perigo e despachar bandidos desta para melhor. Len Wiseman optou acertadamente em não adequar o personagem aos tempos atuais e manteve John McLane como nos filmes anteriores. A única diferença é que John não diz mais tantos palavrões como antes, mas isso não atrapalha nem um pouco.

Duro de Matar – Um retrospecto

John McLane é um policial de Los Angeles que está sempre na hora errada e também no errado. O personagem surgiu no conto policial “Nothing lasts forever” do roteirista Roderick Thorpe. Joel Silver ao ler a história percebeu o potencia do personagem. No conto McLane e seu filho ficam presos num prédio a mercê de terroristas que o policial precisa enfrentar para salvar-se e também ao filho. Na adaptação para o cinema, McLane é um policial de Nova York, casado, dois filhos e a beira do divórcio com sua mulher Holly, vivida nos dois primeiros longas da série, por Bonnie Bedelia.

Bruce Willis foi escalado para interpretar John McLane. A escolha causou espanto, pois o ator vinha de pequenos papéis em séries como Miami Vice e começava a fazer sucesso na série “A gata e o rato” onde contracenava com Cybil Sheppard, a estrela da série. No entanto Willis com seu carisma acabou por chamar mais atenção que Cybil que não gostou nem um pouco de passar de estrela à coadjuvante. Por isso, ela passou a tratar mal Willis que ironicamente alcançaria o estrelato no cinema enquanto Cybil teve de se conformar ao ostracismo após o cancelamento de “A gata e o rato”.

A direção de Duro de Matar (1988) ficou com John McTierman (Caçada ao Outubro Vermelho). O primeiro filme certamente ainda é o melhor da série, inclusive o vilão Han Gruber vivido pelo ator inglês Alan Rickman, acabou por se tornar o vilão mais expressivo entre tantos que McLane teve de enfrentar nos quatro filmes Duro de Matar.

Outro vilão de destaque de Duro de Matar foi o terrorista Karl interpretado pelo ex-dançarino Alexander Godunov (A Testemunha). McLane deu muita dor de cabeça a este e outros terroristas que invadiram, numa noite de natal, o edifício Nakatomi Plaza fazendo de reféns executivos e funcionários que participam de uma festa promovida pelo presidente do grupo. Entre estas pessoas está a então ex-mulher de McLane, Holly Genaro.

John McLane está no banheiro se lavando quando ouve tiros, gritos e correrias. McLane, pés descalços, armado apenas com uma pistola age rápido e pouco a pouco consegue neutralizar alguns bandidos e causando muitas baixas do grupo de terroristas. O primeiro que o policial enfrenta é o irmão de Karl, que leva a pior ao rolar por uma escada, quebrando o pescoço.

No lado de fora do Nakatomi, John tem apenas contato com o policial Al Powell (Rejinald Veljohnson) que conversa com ele através do rádio do seu carro patrulha que minutos antes foi destruído por tiros disparados pelos terroristas. Os problemas de John McLane estão apenas começando.

Um diretor especialista em filmar cenas em lugares apertados e de rechear o filme com ação ininterrupta (McTierman). Violência e tiroteios. Vilão malvado a ter dizer chega (Rickman). Um policial cheio de ironias, mas pronto para acabar com a festa dos terroristas (Willis) garantiram o sucesso de Duro de Matar, que elevaria a carreira de Bruce Willis ao estrelato.

Dois anos depois estreava a inevitável seqüência - Duro de Matar 2 (1990). Desta vez a direção ficou nas mãos de Renny Harlin (Risco Total), aqui ainda em boa forma para filmes de ação. Talento que até o final dos anos 90 estaria perdido graças ao seu ego e de sua então mulher, Geena Davis, que o fez embarcar em bombas como A Ilha da Garganta Profunda (em tempo de pré-Piratas do Caribe). Resultado – a carreira de ambos entrou em decadência.

Voltando a Duro de Matar 2. Desta vez John McLane está em um aeroporto de Dulles à espera do avião onde sua mulher Holly viaja (eles fizeram as pazes no final do primeiro filme). Enquanto o general chamado Esperanza (Franco Nero) acaba de ser extraditado e também está chegando ao mesmo aeroporto. Claro que mais uma vez o natal de John McLane não vai ser normal como o de outras pessoas.

Enquanto no primeiro Duro de Matar, McLane enfrentou terroristas agora em Duro de Matar 2, o policial encara ex-militares e mercenários altamente treinados sob o comando do coronel Stuart (William Sadler) que querem a todo custo resgatar general Esperanza mesmo que para isso tenham de destruir o aeroporto. Porém eles não contavam com John McLane.

Apesar de ser inferior ao original, este Duro de Matar 2 acabou faturando muitos milhões como se previa (particularmente gosto muito dos dois filmes) então uma nova seqüência passou a ser planejada. Em 1995 chega às telas de todo o mundo Duro de Matar – A vingança com John McTierman que retorna à direção. Mais uma vez Bruce Willis interpreta John McLane que desta vez tem de enfrentar um terrorista que explode a cidade para roubar a reserva federal dos Estados Unidos.

Tardiamente McLane descobre é que o tal terrorista é ninguém menos que Simon Gruber (Jeremy Irons, de Gêmeos – Mórbida semelhança), irmão de Hans Gruber (Alan Rickman) que John matou no primeiro filme, e que quer se vingar pela morte do irmão. Claro que roubar milhões em ouro também faz parte dos planos. Jeremy Irons até que se esforça, mas apesar de ser um bom ator, não tem carisma suficiente para o papel e mais uma vez um vilão da série deixa a desejar.

Como é de praxe nos filmes Duro de Matar, John McLane não pode fazer tudo sozinho e sempre tem alguém para ajudar. Em Duro de Matar, John recebe uma mão do policial Al Powell, que apesar do trauma de ter matado um adolescente, consegue sacar sua arma para salvar John e a esposa. Na seqüência, Duro de Matar 2, quem ajuda o policial é o supervisor técnico da torre de controle do aeroporto de Dulles, Leslie Barnes interpretado pelo veterano Art Evans. Já em Duro de Matar – A vingança quem entra em cena é ninguém menos que Samuel L. Jackson como Zeus que, por salvar o policial passa a ser alvo de Simon Gruber. Claro que no novo filme não poderia ser de diferente. A principio o policial salva a pele do hacker ameaçado de morte, Matt Farrell (Justin Long) e que no decorrer da trama passa a ajudar John a enfrentar os bandidos.

Curiosamente nos três primeiros filmes da série, John McLane sempre teve como partner personagens vividos por atores negros sendo a única exceção em Duro de Matar 4.0.

Escrever sobre Duro de Matar e esquecer de mencionar Richard Thornburg seria quase uma heresia. Vivido pelo ator William Atherton em Duro de Matar 1 e 2, Thornburg é o repórter de televisão que por duas vezes coloca a vida da família de John em perigo. Thornburg é um profissional sensacionalista e mau caráter que faz de tudo para conseguir um furo jornalístico. No entanto ele acaba se dando sempre mal. Em Duro de Matar acaba sendo esmurrado por Holly McLane e em Duro de Matar 2, leva um choque dado por ninguém menos que Holly. Bem feito.

Humberto Oliveira

ASSISTA AO TRAILER DE DURO DE MATAR 4.0

14 agosto, 2007

QUILOMBAGEM É O NOVO TRABALHO DE JURANDIR COSTA



Jurandir Costa e Fernanda Kopanakis, diretores do documentário Quilombagem - Foto Humberto Oliveira

O documentário “Quilombagem”, vencedor do III DOC TV Rondônia, dirigido por Jurandir Costa e co-dirigido por Fernanda Kopanakis, foi exibido na última sexta-feira, 10, no auditório da UNIR Centro. O filme, uma co-produção de Jurandir Costa, CL Vídeo Produções, Fundação Cultural Iaripuna e Fundação Padre Anchieta - TV Cultura, aborda o drama e a resistência de duas comunidades Quilombolas - Santo Antônio do Guaporé e Pedras Negras, situadas na fronteira do Brasil com a Bolívia, em plena floresta amazônica.

Em entrevista para o blog Almanaque, Jurandir declarou que “Quilombagem” estava em gestação desde 2002 e que o motivou a realizar o documentário foi tomar conhecendo das dificuldades vividas pelas pessoas das duas comunidades que vivem praticamente isoladas. “Para se ter uma idéia deste isolamento, um barco do governo aparece uma vez por mês e isso mostra o quanto os moradores sofrem com a falta de transporte, não têm acesso a serviços de saúde, educação. Famílias inteiras foram expulsas passando a residir em cidades adjacentes, isso sem esquecer do conflito entre as comunidades e o Ibama com a criação de uma reserva biológica no território, mas o que impressiona é que mesmo com tantas dificuldades eles resistem”, afirma Jurandir.



Jurandir Costa e o jornalista Humberto Oliveira - Foto Marcos Souza



Jurandir Costa e Fernanda Kopanakis durante entrevista a equipe de reportagem da TV Allamanda (SBT)- Foto - Humberto Oliveira

A Comunidade de Santo Antônio do Guaporé está situada numa área que atualmente é reserva biológica sendo que antes do governo criar esta reserva, eles já estavam lá. Quanto a comunidade de Pedras Negras, que também está numa reserva biológica criada pelo governo federal, tem uma estrutura melhor e bem diferente, pois eles exploram um castanhal. Somente agora as pessoas que ali moram se deram conta eles são donos e isso é mostrado no filme.

Antes o castanhal passava de mão em mão sendo os moradores praticamente escravos daqueles que se diziam donos do castanhal. Agora eles são os verdadeiros donos e passaram a ter relação com esta parte do comércio, administrando e assim tendo autonomia. “No filme mostramos o conflito das duas comunidades com o Ibama assim como a relação com os bolivianos numa integração interessante, pois eles se ajudam mesmo na pobreza. Existe esta solidariedade entre eles”.

Jurandir falou também como foram as filmagens que aconteceram em janeiro. “Na verdade deveríamos ter começado em agosto, época livre de chuvas, no entanto, uma série de problemas nos fez adiar várias vezes e quando percebemos era janeiro”, o diretor diz ainda que “o Doc TV é assim: Você recebe o recurso e cinco meses depois tem de entregar o trabalho. Então o filme passa a ser patrimônio da TV Cultura”, Jurandir diz ainda que “como diretor tenho uma pequena porcentagem assim como a Fundação Iaripuna”.

“As filmagens duraram quinze dias e nossa equipe era pequena, pois não faria sentido utilizarmos uma equipe maior para realizarmos um trabalho como este onde quanto menos pessoas envolvidas melhor”. Jurandir garante que com uma equipe reduzida possibilitou maior liberdade mesmo porque “havíamos feito contato e quando voltamos, eles estavam mais familiarizados conosco, porém as pessoas dessas comunidades são muito fechadas e desconfiadas”.

Jurandir ressaltou que a parceria com sua mulher, Fernanda Kopanakis como co-diretora do documentário foi ótima por ela não ter um olhar viciado de chegar à locação e dizer “enquadra aqui ou posiciona a câmera ali”. “Fernanda chegou instintivamente, trouxe sensibilidade e um olhar mais humano, inclusive o primeiro plano do filme foi uma idéia dela”.

O documentário tem momentos fortes e bonitos. Mas Fernanda Kopanakis destaca não a cena mais bonita, mas a mais difícil de realizar. No momento de gravar como o morador mais antigo, nada parecia contribuir para a realização da cena, mas o personagem acabou por conduzir o trabalho.

O trabalho de finalização foi realizado pelo Gilmar santos. A fotografia sofreu alterações durante o processo de montagem intencionalmente para fugir um pouco da estética habitual do gênero. “Filmamos com uma câmera HDV e durante a montagem optamos por sujar um pouco a imagem para que a mesma se aproximasse do aspecto de película”.

“A idéia do DOC TV é fugir da estrutura do documentário tradicional, da narração em off e do formalismo, por exemplo, de um Globo Repórter. O filme será exibido dia 9 de setembro na TV Cultura, São Paulo e em cadeia nacional para todas as TVs Educativas do Brasil”. “É um momento importante para a divulgação da cultura de Rondônia”.

“Estamos fazendo a legendagem do filme para o inglês e espanhol, para tentar encaixar o documentário em vários festivais no Brasil e também no exterior. O filme faz parte da carteira DOC TV da TV Cultura, que certamente também interesse em vender o filme para fora do Brasil e isso acontecendo o documentário vai acabar sendo porta voz das comunidades e das dificuldades elas enfrentam mostradas no filme”.





Jurandir Costa e Fernanda Kopanakis no auditório da UNIR Centro minutos antes da exibição do documentário - FOTO - Humberto Oliveira

O DOCTV, financiador do documentário “Quilombagem” é um Programa da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura, Fundação Padre Anchieta / TV Cultura e Associação Brasileira das Emissoras Públicas, Educativas e Culturais - ABEPEC, com apoio da Associação Brasileira de Documentaristas - ABD, que tem como objetivos gerais a regionalização da produção de documentários, a articulação de um circuito nacional de tele-difusão e a viabilização de mercados para o documentário brasileiro.

Dia 9 de setembro “Quilombagem” será exibido para todo o país pela TV Cultura de São Paulo em cadeia com todas as televisões educativas brasileiras.

O FILME

Herdeiro indireto do Neo-realismo italiano de Vittorio De Sica, Roberto Rosselini, do realismo contundente dos primeiros filme de Nelson Pereira do Santos e próximo do estilo Eduardo Coutinho de captar a realidade, o novo trabalho de Jurandir Costa, “Quilombagem”, é um documentário que vai de encontro as tendências dos cineastas citados acima, mesmo que Jurandir tenha no cineasta moçambicano Ruy Guerra, seu orientador neste trabalho que, prova sua maturidade atrás da câmera, abordando através de sua lente mais que o isolamento de duas comunidades encravadas na fronteira do Brasil com a Bolívia, dando rosto e voz as pessoas que ali sobrevivem e resistem apesar das adversidades e da total omissão governamental.

O documentário “Quilombagem” tem 52 minutos de duração. Poderia ter dez minutos ou meia hora que mesmo assim o impacto ainda seria o mesmo. Desde a primeira cena, um plano geral mostrando uma pequena embarcação cortando um rio até a última imagem quando a câmera recua num movimento de trevilling por uma estrada de terra deixando para trás pessoas e histórias, então o espectador conclui o óbvio – conclui estarrecido que acabou de assistir a mais que um filme, uma revisão histórica através dos dramas diários das comunidades focadas.

O texto do poeta Carlos Moreira complementa o que não é dito pelas pessoas das comunidades de Santo Antônio do Guaporé e Pedras Negras. A câmera sob o comando de Auristênio “Filhão” Rodrigues, capta com sensibilidade gestos e olhares que dizem mais que palavras. A trilha sonora composta pelo renomado Naná Vasconcelos embala as cenas e depoimentos como se fizesse parte diária naquela realidade captada. E não podemos deixar de destacar a direção inspirada de Jurandir Costa e Fernanda Kopanakis e a edição de Gilmar dos Santos.







O público lotou o Auditório da UNIR Centro na última sexta-feira,10 de agosto, para prestigiar e assistir o novo trabalho de Jurandir Costa, o documentário Quilombagem, co-drigido por Fernanda Kopanakis - Fotos Humberto Oliveira

Humberto Oliveira

ASSISTA ENTREVISTA COM FERNANDA KOPANAKIS

10 agosto, 2007


TRAILER

As dicas desta semana incluem três filmes de terror e suspense para todos os gostos: O nada sutil A CASA DE CERA, o turbulento EXORCISTA,O INÍCIO e o ótimo e arrepiante O EXORCISMO DE EMILY ROSE. Indicamos ainda O MATADOR, repleto de humor negro, V DE VINGANÇA que mostra uma Inglaterra totalitária e violenta e por fim COLD MOUNTAIN, mais um épico dirigido por Anthony Minghella

Boa diversão e até a próxima semana.
A CASA DE CERA

A CADA DE CÊRA é mais um típico filme de terror nada sutil que proliferou no últimos anos no cinema dito hollywoodiano onde sempre as vítimas são jovens que insistem em se aventurar por lugares que não conhecem e acabam sendo perseguidos, capturados, torturados e inevitavelmente, mortos. Terror teen com os clichês usuais do gênero: jovens que acabam vítimas de psicopatas, uma cidade abandonada, formas cruéis de assassinatos e um final em aberto.

Este não é não foge a regra. Produzido por Joel Silver e Robert Zemeckis, são deles também CASA DA COLINA e 13 FANTASMAS, a direção ficou a cargo do estreante Jaume Collet-Serra que escalou nulidades como Elisha Cuthbert (24 Horas), e a socialite Paris Hilton e outros menos cotados.

A trama gira em torno de seis amigos que saem juntos para assistir ao final do campeonato de futebol da liga estudantil, mas o final de semana acaba se transformando numa aterrorizante luta pela sobrevivência.

A CASA DE CÊRA é apenas indicado para fãs incondicionais de filmes de terror.

ASSISTA AO TRAILER DE A CASA DE CÊRA

O MATADOR



Depois de ser dispensado pelos produtores da franquia milionária 007, Pierce Brosnan não ficou chorando pelo leite derramdo. Foi à luta estrelando este O MATADOR,dirigido por Richard Shepard.

Brosnan interpreta Julian é um assassino profissional, debochado e solitário, que durante um trabalho na cidade do México faz amizade com Danny (Greg Kinnear), um vendedor cujas finanças não estão bem e o casamento em crise. Os dois profissionais passam por sérios problemas. Danny não está progredindo na vida enquanto Julian, depois de anos de matando, começa ter crises de consciência.

Brosnan faz um tipo muito estranho e bem diferente do sofisticado e frio James Bond que protagonizou quatro filmes da série (Goldeneye, O amanhã nunca morre, O mundo não é o bastante, Um novo dia para morrer)e pode chocar um pouco, mas você logo se acostuma com o personagem e passa a desfrutar melhor do filme.
V DE VINGANÇA

Produzido pelos Irmãos Andy e Larry Wachowski e Joel Silver (Duro de Matar)e com direção de James McTeigue que, trabalhou como diretor assistente na trilogia MATRIX. No elenco Hugo Weaving (Pricila, a rainha do deserto), Nathalie Portman (Perto demais), Stephen Rea (Traídos pelo desejo) e John Hurt (Alien, o oitavo passageiro).

Dos mesmos criadores da trilogia Matrix este V DE VINGANÇA é uma magnética aventura baseada na poderosa e subversiva graphic novel homônima de Allan Moore e David Lloyd.

V é um audacioso defensor da liberdade disposto a se vingar daqueles que o usaram numa experiência que resultou na sua desfiguração. V parte para o acerto de contas.


Mesmo que o sombrio Allan Moore tenha detestado a adaptação, o filme é uma ótima diversão que mistura política e ação. Vale a pena ver ou rever.

ASSISTA AO TRAILER DE V DE VINGANÇA

O EXORCISMO DE EMILY ROSE

Dirigido pelo desconhecido,mas competente Scott Derrickson O EXORCISMO DE EMILY ROSE dá um banho em muitas produções do gênero. Sem abusar de efeitos especiais e sem forçar clima de suspense propicio para sustos gratuitos, o filme prende a atenção calcado apenas nas interpretações, com destaque para Jennifer Carpenter que vive Emily numa interpretação realmente assustadora.

Suspense sobrenatural baseado numa história real. O filme conta a história de Emily Rosa, uma adolescente comum que foi alvo de terríveis forças demoníacas. O filme acompanha o julgamento do padre que realizou o exorcismo em Emily, acabou morrendo. Os acontecimentos macabros são mostrados em flashback durante os depoimentos.

O elenco cont ainda com nomes como Laura Linney (As duas faces de um crime), Tom Wilkinson (Entre quatro paredes)e do sumnido Campbell Scott (do insuportável TUDO POR AMOR) que faz o promotor público.

O EXORCISMO DE EMILY ROSE é o filme que o EXORCISTA - O INÍCIO gostaria de ser e não pode.

ASSISTA AO TRAILER DE O EXORCISMO DE EMILY ROSE

COLD MOUNTAIN

Dirigido por Anthony Minghella, Oscar de melhor diretor em 1996 por O Paciente Inglês.Realizou também O talentoso Ripley. Minghella reuniu grande elenco para mais um épico. COLD MOUNTAIN, uma história de amor que tem como pano de fundo a Guerra Civil norte americana.

No elenco Jude Law, Nicole Kidman (Oscar melhor atriz 2002, As Horas), Renée Zellweger (Oscar Atriz Coadjuvante, 2003), Donald Sutherland, Nathalie Portman, Philip Seymour Hoffman (Oscar melhor ator, 2006 por Capote).

Com a explosão da Guerra Civil norte americana, os homens de Cold Mountain – um povoado da Carolina do Norte – se alistam e passam a lutar com o exército dos Confederados. Ada, filha do pastor que acaba de chegar à cidade e se apaixona por Inman que também vai para guerra. Ada promete esperar por ele. Mas a guerra se estende por tempo demais.

Se você teve paciência para asistir O PACIENTE INGLÊS e gostou, então vai adorar este COLD MOUNTAIN. O filme, apesar da tremenda falta de emoção, traz muitas cenas de ação, romance e história foi parcialmente baseada na Odisseía, de Homero. Pena que o dvd não traz nenhum extra.

ASSISTA AO TRAILER DE COLD MOUNTAIN

EXORCISTA, O INÍCIO



Com direção de Renny Harlin (Duro de matar 2, Despertar de um pesadelo, Risco total)EXORCISTA, O INÍCIO traz como maior destque no elenco Stellan Skarsgard (Ronin)que interpreta o padre Merrin, vivido no filme original por Max Von Sydow.

A trama gira em torno da primeira batalha do então ex-padre Merrin, trava com o demônio Pazuzu na África Ocidental. Neste filme o espectador fica sabendo o que aconteceu antes de O EXORCISTA. Padre Merrin perdeu sua fé e vive atormentado por fantasmas do passado e pelas escolhas terríveis que teve de fazer no período da Segunda Grande Guerra.

Como todas as produções sobre o tema muitos problemas ocorreram durante as filmagens: Renny Harlin quebrou a perna e dirigiu 80 por cento do filmes com a perna no gesso. Os produtores dispensaram o primeiro diretor, e o filme teve de ser totalmente refeito, muitos atores ficaram doentes,isso sem falar nos atrasos constantes. O resultado está refletido no filme - trama confusa que implaca somente quase uma hora depois do início. Certamente o melhor de EXORCISTA - O INÍCIO são os 30 minutos finais.

Recomendado para fãs da série e curiosos.

03 agosto, 2007



COMO TEM ACONTECIDO TODAS AS SEXTAS-FEIRAS, A COLUNA ALMANAQUE TRAZ MAIS DICAS DE DVDS PARA VOCÊ. A LOCADORA PONTUAL ACABA DE RECEBER DOIS LANÇAMENTOS IMPERDÍVEIS - O ACLAMADO 300, ÉPICO ESTRELADO POR GERARD BUTLLER E RODRIGO SANTORO. O FILME É BASEADO EM OBRA DO GENIAL FRANK MILLER, O MESMO DE SIN CITH.

OUTRA DICA É HOLLYWOODLAND - BASTIDORES DA FAMA. ESTRELADO POR BEN AFFLECK QUE INTERPRETA O ATOR GEORGE REEVES, ENCONTRADO MORTO COM UM TIRO NA CABEÇA. REEVES FICOU CONHECIDO POR TER SIDO O PRIMEIRO ATOR A INTERPRETAR O SUPERHOMEM MO SERIADO DE TELEVISÃO: AS AVENTURAS DO SUPERHOMEM.

OUTRA DICA É O SENSACIONAL NOTAS SOBRE UM ESCÂNDALO COM ATUAÇÕES SOBERBAS DAS ATRIZES JUDI DENCH E CATE BLANCHETT,AMBAS PREMIADAS COM O OSCAR.
AGORA É CORRER PARA A LOCADORA PONTUAL E LOCAR QUALQUER UM DOS FILMES INDICADOS.

OU SE PREFERIR VOCÊ PODE LOCAR OUTROS TÍTULOS COMO SENTINELA, COM MICHAEL DOUGLAS E KIEFER SUTHERLAND; O FILME DE TERROR CADÁVARES, A COMÉDIA ROMÂNTICA LETRA E MÚSICA, COM DREW BARRYMORE E HUGH GRANT. e SE VOCÊ GOSTA DE UM BOM DRAMA, A DICA É Á PROCURA DA FELIDADE, COM WILL SMITH.

BOA DIVERSÃO E ATÉ SEMANA QUE VEM

ASSISTA AO TRAILER DE SENTINELA



ASSISTA AO TRAILER DE LETRA E MÚSICA



ASSISTA AO TRAILER DE À PROCURA DA FELICIDADE

PRIMEIRA SESSÃO - 300

Quem assistiu ao filme Sin City, a cidade do pecado, dirigido por Robert Rodriguez e Frank Miller, baseado na graphic novels deste, e se surpreendeu, certamente irá gostar do novo, violento e sanguinolento, 300, inspirado na obra de Miller e Lynn Varley, com direção de Zack Snyder que estreou no cinema, dirigindo Madrugada dos Mortos, refilmagem do clássico de terror de George Romero.

Snyder, fã confesso de quadrinhos, fez questão de manter a fidelidade à obra de Frank Miller, inclusive utilizando muitos diálogos originais. Para reproduzir a Grécia Antiga, o cineasta contou com a mais alta tecnologia computadorizada, gravou todas as cenas em estúdio e telas azuis e verdes, para que os cenários fossem acrescentados na pós-produção, o que exigiu muita concentração dos atores, isso sem falar na preparação quase espartana dos atores para que seus corpos trabalhados e fossem mostrados na tela como os Espartanos reais. 300, estrelado por Gerard Butler, como Leônidas, rei de Esparta, deixa filmes similares como Tróia, de Wolfgang Petersen, Alexandre, de Oliver Stone e até mesmo, o oscarizado, Gladiador, de Ridley Scott, no chinelo.

O enredo, tanto da graphic novels quanto do longa-metragem 300, é baseado em fatos históricos ocorridos no ano 480 a.C, quando o rei de Esparta, Leônidas, reuniu um pequeno exército de trezentos homens para enfrentar os invasores Persas, liderado por Xerxes, (vivido no filme por um quase irreconhecível Rodrigo Santoro). Os Espartanos enfrentaram constantes e cada vez mais violentos ataques dos Persas, que haviam subjugado violentamente cidades como Trácia, Macedônia e Tessália . A batalha ficou conhecida como A Batalha dos Termópilas, que foi imortalizada por historiadores, escritores, poetas e agora em nova versão para o cinema, pois a mesma história havia sido levada às telas pela primeira vez em 1962, dirigida Rude Mate e estrelada por Richard Egan. (disponível em dvd pela Classicline).

300 exibe cenas violentas do começo ao fim. O cineasta Zack Snyder encheu sua versão com efeitos especiais incríveis, que traduzem perfeitamente em imagens impregnadas de som, fúria, batalhas, sangue e sexo, regados a muito rock roll na trilha sonora. Isso sem esquecer de mencionar, roteiro bem escrito, bons diálogos, repletos de ironia, e claro, filosofia, porém sem muita pose. Trocando em miúdos: 300 é uma experiência visual fascinante.

Nos quadrinhos, a trama é centrada apenas na batalha entre os Espartanos e Persas, mas para o filme, Snyder optou por acrescentar uma trama paralela envolvendo a rainha Grogo. Enquanto Leônidas e seus 300 lutam para barrar o exército gigante comandado por Xerxes, Grogo tenta convencer o Conselho de Esparta a enviar seu exército para ajudar o rei Leônidas.

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SEGUNDA SESSÃO -HOLLYWOODLAND - BASTIDORES DA FAMA

O tema central abordado pelo diretor Aleen Coulter (FAMÍLIA SOPRANO)é a morte do ator George Reeves (vivido por Ben Affleck), o primeiro a encarnar o Homem de Aço na telinha no famoso seriado AS AVENTURAS DO SUPERHOMEM que ficou seis temporadas no ar (1953 a 1957). Reeves, que atuou em filmes como E O VENTO LEVOU e A UM PASSO DA ETERNIDADE, foi encontrado morto com um tiro na cabeça em seu quarto. Apesar da polícia ter arquivado o caso como suicídio, muitos acreditam que Reeves foi assassinado.

o roteiro de HOLLYWOODLAND - BASTIDORES DA FAMA, escrito por Paul Bernbaum especula sobre as circunstâncias da morte do ator mostrando três versões para o caso: Suicídio, por não conseguir mais trabalho como ator por ter interpretado o Superhomem; morte acidental ocorrida durante uma discussão com a sua noiva que depois de disparar dois tiros no chão, Reeves tenta tomar a arma e acaba sendo atingido na cabeça; e por último, que Reeves fora morto a mando Edgar Mannix, executivo linha dura da MGM e marido de Toni Mannix que tinha um caso com o ator e quando esta foi abandonada por ele, Edgar decidiu eliminá-lo.

O filme é uma visão hipnotizante sobre a fama, escândalo e corrupção, baseado na história real do maior mistério de Hollywood não resolvido até hoje - A morte do ator George Reeves que acabou sendo vítima de uma trama fatal.

Curiosamente o ator Ben Affleck (DEMOLIDOR) sempre quis interpretar o SuperHomem e em HOLLYWOODLAND ele conseguiu. Ainda no elenco Adrian Brody como o detetive que investigar o caso, Diane Lane como Toni Mannix, amante de Reeves,e Bob Hoskins como Edgar Mannix.

HOLLYWOODLAND mostra cenas de bastidores da produção do seriado. Mostra também o quanto Reeves detestava fazer o papel e o quanto o seriado interferiu em sua carreira. O dvd traz alguns extras interessantes como os documentários RECRIANDO HOLLYWOOD, POR TRÁS DAS MANCHETES e HOLLYWOOD ANTES E DEPOIS. Comentários em áudio do diretor e roteirista,depoimentos dos atores e a participação do historiador de cinema, Rudy Behlmer.

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TERCEIRA SESSÃO - NOTAS SOBRE UM ESCÂNDALO

Judi Dench (IRIS)é Bárbara Covett, uma professora solitária que trata seus alunos com mão de ferro e que anota tudo que acontece em sua vida num diário. Um dia chega a escola a nova professora de artes, Sheba Hart, vivida por Cate Blanchett (O AVIADOR)que logo faz amizade com a velha professora que passa a nutrir por ela uma paixão obsessiva. Tudo muda quando Bárbara descobre acidentalmente que Sheba mantém um caso com um garoto de 15 anos, aluno das duas.

NOTAS SOBRE UM ESCÂNDALO é um filme que posusi ingredientes para agradar o público: duas grandes atrizes, Dench e Blanchett,uma trama recheada de desejo reprimido, inveja, segredos, mentiras e traições num drama adulto e eletrizante com ótimas interpretações de todo o elenco, que além de Cate Blanchett e Judi Dench,se destaca também Bill Nighy (PIRATAS DO CARÍBE 2 e 3)


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01 agosto, 2007


TRAILER

A Coluna ALMANAQUE traz mais dicas de dvds que você pode encontrar na Locadora PONTUAL. Filmes como EM NOME DA HONRA, VÔO UNITED 93, AS TORRES GÊMEAS, A GANGUE ESTÁ EM CAMPO, todos baseados em fatos reais e o ótimo O LABIRINTO DO FAUNO. Filmes para refletir e diversão para todos os gostos. E agora no ALMANQUE você pode assistir ao trailer do filme indicado. Boa diversão.
PRIMEIRA SESSÃO – EM NOME DA HONRA

Tim Robbins interpreta um policial, Nic Vos, que tenta manter a ordem em situações de conflito. Derek Luke é Patrick Chamusso, tem família, casa, bom emprego e que se mantém longe da política. Mas com causa de um ataque terrorista as vidas de Patrick e de Nic se cruzam. Nic prende Patrick e dois amigos que trabalham na indústria que sofreu um ataque terrorista. Nic também prende a mulher de Patrick, que sob pressão acaba confessando um crime que não cometeu. O operário e a mulher são soltos, mas Patrick, transtornado, se junta a ativistas na luta pela libertação do país.

Mais uma produção abordando o apartheid na África do Sul e baseado em fatos reais. EM NOME DA HONRA dirigido por Philiph Noyce (Jogos Patrióticos, Perigo real e imediato) apresenta aqui um de seus melhores trabalhos como cineasta. Apesar do tema polêmico, Noyce não utiliza de artifícios para desenvolver a trama e seus personagens. Lentamente o espectador vai sendo envolvido por esta história que tem como mote principal a superação.

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SEGUNDA SESSÃO – VÔO UNITED 93 E AS TORRES GÊMEAS

Paul Greengras e Oliver Stone são cineastas que têm em comum o fato de voltarem suas lentes para histórias reais e leva-las para as telas do cinema. O primeiro, depois do ótimo Domingo Sangrento, realizou o eletrizante VÔO UNITED 93, e o segundo dirigiu AS TORRES GÊMEAS, que surpreendentemente não abusou de cenas violentas como de praxe em suas produções.

VÔO UNITED 93, é um drama contagiante e provocante que conta a história dos passageiros, tripulação e dos controladores de vôo que observaram num terror crescente, o vôo 93 da United Airlines se tornar o quarto avião seqüestrado no fatídico 11 de setembro de 2001.

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Quanto ao filme de Oliver Stone, diretor três vezes premiado pela Academia, AS TORRES GÊMEAS, inspirado em história real sobre coragem e espírito de solidariedade. Enquanto Greengras optou por atores pouco conhecidos, Oliver Stone contou com Nicholas Cage para interpretar um dos policiais de Nova York que ficou soterrado nas ruínas do 11 de setembro.

Dois filmes fortes dirigidos com segurança, interpretados de forma realista, mas sem abusar de efeitos e cenas sensacionalistas para chocar o público.

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TERCEIRA SESSÃO – A GANGUE ESTÁ EM CAMPO

O filme conta história real de um grupo de adolescente delinqüentes que graças ao trabalho de Sean Porter, vivido por Dwayne “The Rock” Johnson, um oficial de justiça criminal que coloca em prática um plano para ensinar disciplina e responsabilidade através do esporte, assim como princípios de boa conduta, força de vontade e respeito a si mesmos e aos outros.

A GANGUE ESTÁ EM CAMPO marca o retorno de diretor Phil Joanou (Tiro de misericórdia, Desejos) ao cinema. O filme tem como protagonista o ex-jogador de futebol americano e guarda-costas, Dwayne “The Rock” Johnson que participou de filmes como O retorno da múmia, Escorpião Rei, Com as próprias mãos e Bem vindo à selva, que ainda é o seu melhor filme.
QUARTA SESSÃO – MIAMI VICE

Adaptação para o cinema do seriado homônimo dos anos 80, este MIAMI VICE, dirigido por Michael Mann (Fogo contra fogo, Colateral), um dos criadores da série original, tem no elenco Collin Farrel como Sonny Crockett e o ganhador do Oscar, James Foxx como Ricardo Tubbs.

Crokett e Tubbs são policiais que trabalham disfarçados e se infiltram numa gangue de traficantes para descobrir o responsável pela morte de três outros policiais que investigavam o mesmo caso.

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QUINTA SESSÃO – O LABIRINTO DO FAUNO

Obra prima do espanhol Guilherme Del Toro (Blade 2, Hellboy) e ganhador de três Oscar – Melhor direção de arte, fotografia e maquiagem – O LABIRINTO DO FAUNO leva o espectador a 1944, final da segunda grande guerra para contar a apaixonante história de uma menina chamada Ofélia que acompanha sua mãe numa viagem para uma cidade do interior onde mora o padrasto, Vidal, um cruel e violento capitão do exército franquista que persegue rebeldes que promovem atos terroristas contra o governo.

Mas Ofélia vive num mundo à parte. Ao descobrir um labirinto onde se encontra um fauno, que faz uma incrível revelação e ela precisa passar por três provas antes da lua cheia. LABIRINTO DO FAUNO é uma história maravilhosa onde a magia que rodeia Ofélia transporta o espectador a este universo único repleto de aventuras e emoções.

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31 julho, 2007


Os dvds que ALMANAQUE indica para esta semana são os novos, CASSINO ROYALE, com a substituição de Pierce Brosnan por Daniel Craig, a volta de Sylvester Stalone em ROCK BALBOA. Outra dica é o suspense estrelado por Hugh Jackman e Christian Bale, O GRANDE TRUQUE. E completando indicamos, o acelerado ADRENALINA e o suspense policial com John Cusack e Morgan Freeman em O CONTRATO. Todos eles a sua disposição na Locadora PONTUAL, entre outros títulos como O LABIRINTO DO FAUNO, obra prima de Guilhermo Del Toro, EM NOME DA HONRA, drama dirigido por Philiph Noyce e estrelado por Tim Robins.

PRIMEIRA SESSÃO – 007 CASSINO ROYALE

Quando os produtores anunciaram que a nova aventura do agente britânico James Bond teria um novo ator e que o escolhido foi Daniel Craig, muitos fãs e até alguns críticos reclamaram pela escolha, no entanto quando 007 – CASSINO ROYALE estreou, as opiniões mudaram.

Este filme inicia apresentando James Bond antes de obter sua licença para matar. Após executar dois homens com muito profissionalismo, frieza e rapidez, ele é elevado ao status de duplo zero. Bond continua sob as ordens de M (Judi Dench), chefe do Serviço Secreto Britânico que logo envia o recém promovido 007 à sua primeira missão.

Com locações em Madagascar, Bahamas, Montenegro, James Bond tem de enfrentar Le Chiffre (Mads Mikkelson), cruel financista que está sendo ameaçado por seus clientes terroristas e que pretende recuperar seus fundos de investimento em um jogo de pôquer de altas apostas no Cassino Royale. Para evitar problemas, M coloca Bond sob atenta supervisão da oficial do Tesouro Nacional Vésper Lynd. Mas Bond não pode confiar em ninguém.

A direção ficou a cargo de Martin Campbell (A Máscara do Zorro, Limite Vertical) o responsável por revigorar a série nos anos 90 quando Pierce Brosnan assumiu o personagem. Neste 007 – CASSINO ROYALE tem mais uma vez a missão de reinventar Bond, e consegue.

Com montagem de Stuart Baird, diretor de filmes como Momento Crítico e com a colaboração no roteiro de Paul Haggis (Menina de Ouro, Crash – No limite), 007 – CASSINO ROYALE tem tudo para agradar aos fãs de James Bond de todas as idades. Cenas de ação de tirar o fôlego fazem deste filme da série, o melhor produzido nos últimos vinte anos.

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SEGUNDA SESSÃO – O GRANDE TRUQUE

O GARNDE TRUQUE trata de uma assombrosa vingança. A trama gira em torno da rivalidade de dois mágicos em plena virada do século 19. Um deles é Robert Angier (Hugh Jackman), showman nato, cujo carisma é fundamental para divertir e distrair a platéia. O outro é Alfred Borden (Christian Bale), que compensa a falta de tato no palco com a habilidade para dar ao público algo que ele nunca assistira antes.

Por causa de uma tragédia eles se tornam inimigos. Quando Borden aparece com um número perfeito, Angier fica obcecado para descobrir o segredo mesmo que tenha de sacrificar tudo que construiu. A trama entrecortada por flashbacks, usa todas as artimanhas da narrativa cinematográfica e uma montagem brilhante que colabora para prender a atenção do espectador até a revelação final. Toda atenção é pouca.

Eletrizante thriller de suspense do diretor Christopher Nolan (Batman Begins, Amnésia), onde Hugh Jackman e Christian Bale interpretam dois mágicos cuja rivalidade para ver quem é “o melhor”, conduz os dois mágicos a mortais decepções. Scarlett Johansson também está no elenco interpretando uma assistente de palco que desempenha importante papel nesta rivalidade. Um elenco coadjuvante incluindo Michael Caine e David Bowie. O filme recebeu duas indicações ao Oscar para melhor direção de arte e melhor fotografia.

O GRANDE TRUQUE tem na direção, o renomado Christopher Nolan, que co-escreveu o roteiro com seu irmão Jonathan Nolan, adaptando o livro de Christopher Priest.

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TERCEIRA SESSÃO – ROCK BALBOA

Trinta anos depois de Rock, o lutador, surpreendente ganhador do Oscar de melhor filme de 1976, Sylvester Stalone retoma seu personagem neste ROCK BALBOA que surpreende o público e a critica com um verdadeiro “nocaute” inesperado com uma história tocante neste capítulo final de um dos personagens mais famosos do cinema moderno. Claro que se você não é fã de filmes de luta de boxe e principalmente não é fã de Stalone, certamente deve passar bem longe deste filme, que ao invés de priorizar a violência presente nos filmes anteriores da série, prefere explorar a fundo as emoções de Rock Balboa.

Depois da aposentadoria e da morte da mulher, Rock abriu um restaurante, Adrian’s e vive contando histórias de suas glórias do passado para entreter seus clientes. Mas Rock agora vive de lembranças dos tempos de glória e de seu grande amor e quer se reaproximar de seu filho (vivido pelo ator Milo Ventimiglia - Peter Petrelli de Heroes) que se ressente do peso de ser filho de alguém muito popular. Balboa continua agüentando seu cunhado Paulie (Burt Young).

Rock Balboa é o canto do cisne do personagem, um legítimo réquiem que conta a história, ao contrário dos três últimos filmes da série, não sobre o combate, mas sobre um homem lutando para não desaparecer quando chega ao fim da linha, como o próprio Stalone, cuja carreira parecia fadada ao ostracismo graças a fracassos como Falcão, campeão dos campeões, Rambo 3, Condenação brutal, isso sem esquecer de bombas como O Implacável, D-Tox, O Especialista, Assassinos, Daylight, O Juiz, O Demolidor e ainda duas comédias abaixo da média entre outros. As exceções são os filmes - Risco Total, 1993) e Cop Land, de 1997. Ironicamente, este ROCK BALBOA, que chegou a ser motivo de piadas, se tornaria um de seus maiores triunfos. Assim é Hollywood.


ASSISTA AO TRAILER DE ROCK BALBOA


QUARTA SESSÃO – ADRENALINA

Este filme dirigido a quatro mãos por Mark Neveldine e Brian Taylor, e estrelado pelo “operário padrão” dos atuais filmes de ação, Jason Statham (Carga Explosiva 1 e 2, Snatch, porcos e diamantes).

Matador de aluguel recebe uma dose letal de veneno chinês e, para se manter vivo, ele precisa ficar em constante movimento e deixar sua adrenalina em alta. No entanto ele precisa continuar vivo para se vingar das pessoas que lhe colocaram nesta situação, ao mesmo tempo em que tenta fugir delas e tentar mudar de vida com sua namorada (Amy Smart) que pensa que ele é apenas um programador de vídeo games.

O ritmo acelerado de ADRENALINA não deixa tempo para pensar e nem para respirar neste esquema de perseguição constante vivido pelo ator britânico Jason Statham (Carga explosiva 1 e 2) sempre com sua cara de ranzinza, passando por situações que beiram o surrealismo pelo inusitado das situações cômicas (como as cenas do hospital ou quando ele tenta transar com a namorada numa rua de Chinatown para elevar sua adrenalina), claro que as cenas de ação predominam e garantem a diversão.

QUINTA SESSÃO – O CONTRATO

Com direção de Bruce Beresford (Conduzindo Miss Daisy) e estrelado por John Cusack e Morgan Freeman,
O CONTRATO
é um thriller de ação e suspense onde um professor chamado Ray Kenne (Cusack) que desde a morte de sua mulher vem tendo problemas com o filho adolescente. Buscando se aproximar do filho, combina então acamparem juntos, no entanto, planos de Ray ficam em segundo plano quando ele e o filho se deparam com Frank Carden, um assassino em fuga, vivido por Morgan Freeman. Ray então toma como missão entregar o bandido à justiça. Mas isso não será nada fácil, pois o bando de Frank está em seu encalço. Assim começa a caçada.

Um dos homens de Frank, cujo contrato a cumprir é assassinar um homem de grande influência, que é revelado apenas nos momentos finais da trama, recebe ordens de matá-lo e também a Ray e o filho.

Sem grandes arroubos criativos, Beresford conduz os atores sem exigir muito deles. John Cusack já demonstra o peso da idade e Morgan Freeman, que não tem muito que fazer, mostra que pode trabalhar em superproduções e também em filmes pequenos como este O CONTRATO, com a mesma categoria e talento.

Esperamos que vocês tenham gostado das nossas indicações para este final de semana. Então boa diversão e até a próxima semana. Um forte abraço e até lá.


Humberto Oliveira