03 janeiro, 2007

O último filho de Kripton está de volta!

Superman, o retorno de Bryan Singer, está disponível em dvd duplo vendido indivualmente ou ainda na embalagem especial com os quatro longas metragens protagonizados por Christopher Reeve . A coleção traz Superman, o filme (dvd tripo); Superman 2 - a aventura continua (dvd duplo), Superman 3; Superman 4 - Em busca da paz (um fiasco, assim como o terceiro filme) e ainda o mais novo, Superman, o retorno (dvd duplo).
os dois primeiros trazem ótimas extras como making of original, os desenhos animados produzidos pelos irmãos Fletcher, entrevistas, documentários e muito mais. Quanto ao terceiro, traz um making off e o quarto filme traz apenas uma cena deletada e trailler, mais nada.
Como este texto não é uma crítica ou um comentário, mas sim uma crônica sobre o filme de Bryan Singer e a emoção de ver mais uma vez o Superman realizando o que de melhor sabe fazer, ou seja, abrir a camisa e sair voando para salvar alguém em perigo, ou mesmo apenas por uma razão – Lois Lane – o filme valeu os R$ 12, 00 que a maioria que ali esteve na estréia pagou pelo ingresso.

Superman, o retorno é um filme de referências. E não existe nada mais agradável para cinéfilos que filmes recheados de citações. Logo nos créditos de abertura do filme – a música de John Williams – a mesma do filme de 1978 – é usada por Singer que tem sucesso em seu intento,ou seja, nos remeter ao clima do filme original (sacada de mestre) e isso sem falar nos letreiros que são da mesma cor e quase iguais aos do longa-metragem de 1978. Isso é apenas o começo.

Nas seqüências seguintes, habilmente o diretor brinda o espectador com cenas e diálogos quase idênticos ao supracitado filme estrelado por Christopher Reeve. Quando Kar-el, o nome verdadeiro do Superman, que depois de cinco anos viajando pelo espaço em busca do que restou de Krypton, seu planeta natal, retorna para Smallville para uma visita rápida a sua mãe adotiva, Marta Kent (Eve Marie- Saint). Numa cena em que os dois conversam na sala, o que vemos sobre um móvel (ou seria uma lareira?) a foto do ator Glenn Ford, que em 1978 interpretou Jonathan Kent.

Na primeira vez que Lex Luthor (Kevin Spacey) aparece em cena o vemos em silhueta, usando peruca e graças a um efeito de luz e sombra, a silhueta de Lex nos lembra a de Gene Hackman, que como todos sabem interpretou Luthor no filme de Richard Donner. De arrepiar. Tem mais – a mulher de cabelos grisalhos em seu leito de morte que Lex ampara e herda todo seu dinheiro, é ninguém menos que a atriz Noel Neill, que atuou como Lois Lane na série dos anos 40 para cinema e no seriado para TV nos anos 50, (substituindo Phyllis Coates). Outra participação especial é a do ator Jack Larson como um garçom servindo drinks a Jimmy Olsen (desta vez interpretado por Sam Huntington) e Clark Kent. Jack Larson viveu Olsen no seriado para TV dos anos cinqüenta junto com George Reeves, John Hamilton e Noel Neill.

As encarnações que mais duraram de Jimmy Olsen e Lois Lane, o amigo e a namorada do Superman, Larson 74, e Neill, 85, inevitavelmente são arrastados com buxixos e perguntas a cada nova versão do Homem de Aço. Noel Neill fez rápida aparição em Superman, o filme na cena em que uma garota que viaja em um trem com os pais, flagra o jovem Clark Kent correndo mais rápido que o trem. A garota, que os pais chamam de Lois quer a atenção dos pais, vividos por Neill e ninguém menos que Kirk Alyn (o primeiro Superman). Neill também dublou Lois Lane em desenhos; fez participações em versões para a televisão como Lois & Clark: As Novas Aventuras do Superman (como a mãe de Lois vivida por Teri Hatcher), nos anos 1990 e mais recentemente Smallville. Bryan Singer convidou Larson e Neill pessoalmente para os papéis antes de começarem a rodar Superman – O Retorno em 2005 na Austrália

Singer presta outra grande homenagem quando usa imagens de Marlon Brando que interpretou Jor-El, pai biológico do Superman, no filme de 1978. Graças a efeitos digitais, mais uma vez o público ouvirá e verá Jor-El aconselhar seu filho. E devo mencionar também que a maior homenagem de todas é o próprio ator escolhido para interpretar Superman e seu alter-ego Clark Kent – Brandon Houth, que realmente parece muito com o eterno Superman – o inesquecível Christopher Reeve, que em 1978, nos fez acreditar que o homem realmente poderia voar.

No entanto, infelizmente, um filme não se sustenta apenas com referências. Precisa de uma boa história,um roteiro bem desenvolvido e apesar de tantos milhões gastos em incríveis efeitos especiais, a trama é o maior defeito de Superman, o retorno não cabe a mim falar sobre esse aspecto, pelo menos não neste momento. Mas a magia está lá: na primeira e espetacular aparição do Homem de Aço; os vôos, os salvamentos, as poucas e bem feitas cenas de ação, isso sem falar que o filme é bastante emocional para um filme baseado em um personagem de história em quadrinhos.

Superman, o retorno é pura diversão. Seja para o garoto de oito anos ou para o vovô com oitenta. Como havia dito mais acima, o filme vale o ingresso, a ,locação ou a aquisição.

HumbertOliveira


















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